Toquei a sineta (meia enferrujada) e saiu-me uma senhora de idade e muito rugosa. Perguntei-lhe se as borboletas eram dela e ela respondeu-me que não. Aquelas borboletas só gostavam de vir para o seu quintal! Porque o quintal da senhora não tinha apenas flores de uma espécie, tinha de muitas! Só que as borboletas pareciam que combinavam: as roxas às pintinhas amarelas pousavam-se nas campainhas brancas, as castanhas às pintinhas cor-de-rosa pousavam-se nas tílias amarelas, as pretas às pintinhas amarelas instalavam-se nos gladíolos vermelhos, as vermelhas às bolinhas azuis poisavam nos cravos abertos e ainda havia milhares de borboletas que poisavam por toda a parte. A mim cheirava-me que aquela casa tinha alguma coisa especial! Mas eu não sabia o que seria. Pedi-lhe para entrar e a senhora autorizou-me. A senhora estava-me a guiar. Eu observava tudo, mas não encontrava nada! A senhora levou-me à sua cozinha e deu-me o lanche. Passámos horas e horas a conversar. Quando eu lhe fiz uma pergunta se era a sério que as borboletas vinham só por vir, ela disse que não e que eu já tinha descoberto tudo. Ela tinha perfumes muito especiais para atrair borboletas e punha-o nas flores, porque adorava as suas flores enfeitadas com estes seres tão frágeis mas tão coloridos. Pediu-me para não contar a ninguém e eu prometi. Vim-me embora porque os meus pais já deviam estar preocupados. Quando cheguei a casa não estava ninguém. Então entrei, jantei e fui dormir. De manhã, quando acordei vi a senhora de idade e as borboletas no meu quintal.
Vesti-me depressa e fui para baixo para a beira delas.
Parecia um sonho! Mas não. Era realidade! E eu adorei!
Andreia Vieira Barroso, 5ºG - Escola EB 2/3 de Amares (2011-2012)
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