quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A senhora das borboletas


  
   Num lindo dia de Primavera, eu estava a andar pelos passeios da rua, quando encontrei uma bela borboleta (roxa às pintinhas amarelas) e segui-a. Ela levou-me a um sítio estranho. Era um quintal de uma casa amarela, onde havia campainhas brancas e muitas variedades de flores. Ela pousou-se numa. Só que não estava só ela. Havia ali milhares e milhares de borboletas! Eu olhava para todas mas não sabia qual era a que eu tinha seguido. Eram quase todas idênticas!
   Toquei a sineta (meia enferrujada) e saiu-me uma senhora de idade e muito rugosa. Perguntei-lhe se as borboletas eram dela e ela respondeu-me que não. Aquelas borboletas só gostavam de vir para o seu quintal! Porque o quintal da senhora não tinha apenas flores de uma espécie, tinha de muitas! Só que as borboletas pareciam que combinavam: as roxas às pintinhas amarelas pousavam-se nas campainhas brancas, as castanhas às pintinhas cor-de-rosa pousavam-se nas tílias amarelas, as pretas às pintinhas amarelas instalavam-se nos gladíolos vermelhos, as vermelhas às bolinhas azuis poisavam nos cravos abertos e ainda havia milhares de borboletas que poisavam por toda a parte. A mim cheirava-me que aquela casa tinha alguma coisa especial! Mas eu não sabia o que seria. Pedi-lhe para entrar e a senhora autorizou-me. A senhora estava-me a guiar. Eu observava tudo, mas não encontrava nada! A senhora levou-me à sua cozinha e deu-me o lanche. Passámos horas e horas a conversar. Quando eu lhe fiz uma pergunta se era a sério que as borboletas vinham só por vir, ela disse que não e que eu já tinha descoberto tudo. Ela tinha perfumes muito especiais para atrair borboletas e punha-o nas flores, porque adorava as suas flores enfeitadas com estes seres tão frágeis mas tão coloridos. Pediu-me para não contar a ninguém e eu prometi. Vim-me embora porque os meus pais já deviam estar preocupados. Quando cheguei a casa não estava ninguém. Então entrei, jantei e fui dormir. De manhã, quando acordei vi a senhora de idade e as borboletas no meu quintal. 
   Vesti-me depressa e fui para baixo para a beira delas.
   Parecia um sonho! Mas não. Era realidade! E eu adorei!

Andreia Vieira Barroso, 5ºG - Escola EB 2/3 de Amares (2011-2012)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Abecedário de nomes

A é a Ana que vai a pé para Viana
B é o Beto que se arma em esperto
C é a Cristina que nada fora da piscina
D é o Diogo que canta com o fogo
E é a Eva, olha o rabo que ela leva
F é o Francisco que come conchas de marisco
G é a Graça , ai! mordeu-lhe uma carraça
H é a Helena que é preta, mas diz ser morena
I é o Ivo que põe na mosca um curativo
J é o Jacinto que faz corridas com um pinto
K é o Kiwi que já bebe whisky
L é o Luís que tira macacos do nariz
M é a Maria que come a sopa sempre fria
N é o Napoleão que dorme dentro do colchão
O é a Olga que todos os dias está de folga
P é a Paula que entrou de burro na aula
Q é o Qintino que na missa faz o pino
R é Rita que comprou uma cabrita
S é a Sofia engasgada com uma enguia
T é a Teresa que come debaixo da mesa
U é o Urbano que caiu dentro de um cano
V é a Vera com unhas de pantera
W é o Whisky que faz esqui
X é a Xana caçando uma ratazana
Y é o Yen que mora no Yemen
Z é o Zé que foi ao mar e perdeu o pé

Ana Rita Fonseca, nº 3 - 5º G - Português - EB 2,3 de Amares, 2011-2012

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Abecedário com rimas

A de ananás que não consegue ter paz
B de balão que não gosta do seu salão
C de cadela que sabe onde fica Portela
D de dvd que queria ser um cd
E de elefante que fez um transplante
F de faca que corta a laca
G de gato que assinou um contrato
H de história que acaba em vitória
I de imagem que vai entrar numa filmagem
J de jogo que tem tudo a ver com fogo
K de Kitty que fez um grafiti
L de lobo que faz parte de um jogo
M de macacão que fugiu com o sabão
N de nariz que às vezes parece um chafariz
O de obra que foi feita por uma cobra
P de pensamento que está sempre na nossa mente
Q de querida que rima com saída
R de rato que roi o sapato
S de sabichão que tem bom coração
T de telefone que está sempre on
U de última que afinal está em penúltima
V de vacina que levou a menina
W de web que gosta de ser web
X de xadrez, o jogo que a Maria fez
Y de yoga que a Ana joga
Z de zero que é o número que eu quero


Andreia Barroso, nº 4 - 5º G - Português - EB 2,3 de Amares, 2011-2012

Novo ano

Com a chegada de um novo ano letivo e com algumas reformulações curriculares verificadas no ensino, houve necessidade de terminar com a disciplina de Oficina da Leitura e da Escrita, que de certa forma "alimentava" este blogue. Contudo, procurarei, juntamente com os alunos deste ano letivo, manter o blogue ativo, publicando trabalhos que forem sido feitos ao longo do presente ano letivo.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Essa Paixão

Caminho na noite
E vislumbro no horizonte
Um rosto encantador
De menina.

De repente a minha vida
Recorda com piedade
Uma despedida
Como eu não possuo;
Esplêndida humilhação
Que me leva ao pecado.

A minha alma
Em liberdade
Passeia na tormenta
Calma, serena,
Como uma canção perdida
Em dia de tempestade.

E tu, num ápice,
Feminina,
Jovem cativa,
Com pudor e caridade
Vens dar abrigo
A um bárbaro.

Essa paixão única,
Sentimento verdadeiro
De quem ama
De corpo e alma,
Em apoteose
Me beija e me deseja
Neste momento,
Em todo o tempo
E no mundo inteiro!
                                DCarpinteiro

domingo, 28 de agosto de 2011

Mundo de Imaginário

No mundo do imaginário
Tudo é belo,
Tudo é fantasia;
Sonho!
São momentos agradáveis
De descanso,
De frescura,
Um aroma suave de ternura,
Um olhar fugaz sobre as coisas.
No mundo do imaginário
Tudo são convulsões,
Sensações extraordinárias
De grande prazer,
De visões ocultas da mente alegre
Por uma sensação fresca
Que nos invade.
Suspiro de amor,
Mas apetece-me chorar,
Porque sinto que este mundo de imaginário
Está quase a acabar,
Porque nossa vida é realidade,
E o que nos resta
Será só a saudade.
No mundo do imaginário
Não há tempo nem espaço,
Apenas o sonho,
A imaginação,
Impressionismo dos sentidos
Que ofusca a realidade;
Saudade!

                   DCarpinteiro

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Manhã do teu olhar

Quando sorris
Tens o encanto e a suavidade
O prazer do dia
Que me enche o coração
E a alma sacia;
Quando me olhas
Fico sem ser eu
Porque teu olhar me colheu
Tomou conta de mim
E no teu ser acolheu.

Quando sinto teu respirar
Compreendo o sistema da vida;

Mas tu, teu ser, teu corpo
Uma só pessoa
Uma compleição
Um desejo
Que eu adoro
No teu sorriso
No teu olhar.

O teu olhar é simples
É terno e meigo;
O teu olhar
É como o amanhecer
Dum dia de Verão
Cheio de Sol,
Puro!

O teu olhar
Às vezes tímido
É sem falsidade
E renova em cada dia
Um novo alento de viver.

O teu olhar
Tem vida própria
É um ser dentro doutro ser
E é fonte de vida
E muita alegria.

Em cada manhã
Teu olhar sempre novo
É motivo duma renovada alegria
É um princípio feliz
De cada instante!


                                        DCarpinteiro