terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AFINAL

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir. 
  Sentir tudo de todas as maneiras. 
  Sentir tudo excessivamente, 
  Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas 
  E toda a realidade é um excesso, uma violência, 
  Uma alucinação extraordinariamente nítida 
  Que vivemos todos em comum com a fúria das almas, 
  O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas 
  Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos. 
 
  Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas, 
  Quanto mais personalidade eu tiver, 
  Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver, 
  Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas, 
  Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento, 
  Estiver, sentir, viver, for, 
  Mais possuirei a existência total do universo, 
  Mais completo serei pelo espaço inteiro fora. 
  Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for, 
  Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo, 
  E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco. 
 
  Cada alma é uma escada para Deus, 
  Cada alma é um corredor-Universo para Deus, 
  Cada alma é um rio correndo por margens de Externo 
  Para Deus e em Deus com um sussurro soturno. 
 
  Sursum corda!  Erguei as almas!  Toda a Matéria é Espírito, 
 
  Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos 
  Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho 
  E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo! 
  Sursum corda!  Na noite acordo, o silêncio é grande, 
  As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam 
 
  Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos 
  Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra. 
  Sursum corda!  Acordo na noite e sinto-me diverso. 
  Todo o Mundo com a sua forma visível do costume 
  Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso, 
 
  Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça. 
 
  Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço 
  Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva! 
  Mãe verde e florida todos os anos recente, 
  Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal, 
  Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis 
  Num rito anterior a todas as significações, 
  Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales! 
  Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões, 
  Grande voz acordando em cataratas e mares, 
  Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança, 
  Em cio de vegetação e florescência rompendo 
  Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso 
  A tua própria vontade transtornadora e eterna! 
  Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados, 
  Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones, 
  Mãe caprichosa que faz vegetar e secar, 
  Que perturba as próprias estações e confunde 
  Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos! 
 
  Sursum corda!  Reparo para ti e todo eu sou um hino! 
  Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima 
  Volteia serpenteando, ficando como um anel 
  Nevoento, de sensações reminescidas e vagas, 
  Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso. 
  Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente 
  Meu coração a ti aberto! 
  Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático, 
  Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos, 
  Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre, 
 
  Sou um monte confuso de forças cheias de infinito 
  Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço, 
  A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une 
  E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim 
  Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo, 
  Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira 
  Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas, 
  Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos. 
 
  Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo. 
  Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão, 
  No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo 
  Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos 
  Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais. 
 
  Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima, 
  Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo 
  De chamas explosivas buscando Deus e queimando 
  A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica, 
  A minha inteligência limitadora e gelada. 
 
  Sou uma grande máquina movida por grandes correias 
  De que só vejo a parte que pega nos meus tambores, 
  O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis, 
  E nunca parece chegar ao tambor donde parte ... 
 
  Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito 
  Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si, 
  Cruzando-se em todas as direções com outros volantes, 
  Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço 
  Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus. 
 
  Dentro de mim estão presos e atados ao chao 
  Todos os movimentos que compõem o universo, 
  A fúria minuciosa e dos átomos, 
  A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos, 
  A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam, 
 
  A chuva com pedras atiradas de catapultas 
  De enormes exércitos de anões escondidos no céu. 
 
  Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio 
  De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma. 
  Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode, 
  Freme, treme, espuma, venta, viola, explode, 
  Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge, 
  Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida, 
  Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes, 
  Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos, 
  Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!


Álvaro de Campos

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ALMA PENADA

         Márcia regressara há alguns meses atrás do estrangeiro e vivia, agora, com os seus pais, numa pequena aldeia do concelho de Amares.
         A casa onde moravam era uma casa já com alguns anos e nela tinha morado outra família anteriormente.
         Quando chegaram do estrangeiro, trataram logo de a mobilar e lhe dar o conforto de que precisavam.
         Na sala de jantar dessa casa havia um pequeno e antigo relógio de cuco, que a família decidiu manter, porque foi o único objecto da casa que encantou toda a gente.
         Dia após dia a vida daquela família entrava numa nova rotina, depois de tantos anos passados fora do país.         
         Márcia frequentava agora a Escola E. B. 2 / 3 de Amares. E nem imaginam em que turma estava!? Pois claro, no 5º C. A turma dos nossos conhecidos amigos de outras aventuras.
         As aulas tinham começado há já algum tempo e, por vezes, Márcia surgia com um ar cansado, diria até intrigante!
         Mas toda a gente pensava que era por ainda estar a habituar-se aos novos amigos, à nova escola e aos novos professores.
         E assim foram passando os dias, uns atrás dos outros, sempre marcados e controlados pelos donos do tempo: os relógios.
         Certo dia, estava Márcia na aula de Área de Projecto, com a professora Clara Ferreira e o professor David Carpinteiro, e o seu semblante escondia algo fora do normal.
         Até que a dada altura, enquanto o André, a Paula e o Américo falavam da história da Maria Gancha, Márcia sentiu que era o momento de falar do que a andava a atormentar.
         A turma inteira fez silêncio como que adivinhando o que aí vinha.
         Então Márcia, num ímpeto diz:
         - Em minha casa anda uma alma penada!
         - Aaaaaahhhh! – exclamaram todos a uma só vez.
         - Vá! Não digas asneiras! – retorquiu a professora Clara.
         Mas Márcia, muito seriamente, acrescenta:
         - É verdade stôra! Quase todos os dias, quando estamos a jantar na sala, ouvimos um barulho estranho. Parece que está alguém a bater debaixo da mesa: toc…toc, toc…toc – concluiu Márcia.
         Tudo isto parecia muito surreal ao professor David que questionou se não seriam estalidos da madeira.
         E a conversa continuou, com toda a turma a adiantar terríveis palpites.
         No seguimento da conversa, Márcia esclareceu que o senhor que tinha morado naquela casa, antes da sua família, tinha lá morrido e que agora era o seu fantasma que andava lá em casa a incomodar toda a gente.
         Mal ouviram falar em fantasma, Leonor e Mariana soltaram um enorme grito, que até a Dona Bernarda se assustou.
         E os dias foram passando… passando…
         E a história da Márcia não saía da cabeça de ninguém!
         Será que já estavam todos possuídos pela alma penada que habitava a casa da Márcia?
         - Toc…toc, toc…toc!
         E Márcia continuou esclarecendo os colegas do que realmente acontecia em sua casa.
         Todas as hipóteses já tinham sido postas e, por isso, era convicção da família que todo aquele assombramento se devia à alma penada do falecido, que tinha lá residido.
         Provavelmente tinha saudades da sua antiga morada.
A família da Márcia já tinha até ponderado vender aquela casa e ir morar para outra, mas gostavam tanto dela, que sentiam pena ter que a abandonar.
         Decidiram então tirar todas as dúvidas e chamaram os técnicos de construção civil para analisarem se não havia qualquer problema na construção da casa que provocasse tão estranho barulho, que ouviam todos os dias:
         - Toc…toc, toc…toc.
         Os técnicos concluíram que não havia qualquer problema estrutural com o edifício.
         E o que fazia agora a família da Márcia?!
         Não desistiram e chamaram então um padre para lhes abençoar a casa, na esperança de terem sossego. E assim foi. O padre da aldeia passou por lá e abençoou a habitação. Mas…
         Nada! Rigorosamente nada!
         Todos os dias o mesmo som:
         - Toc… toc, toc… toc.
         Cada vez mais o desespero tomava conta daquela família.
         Cansados de tudo aquilo tomaram a decisão de se irem embora, por causa daquele:
         - Toc…toc, toc…toc.
         Mas mesmo assim insistiram, ainda, em contactar um cientista, um mágico, um sábio …
         E todos lá foram presenciar ao tão assustador:
         - Toc… toc, toc… toc.
         E nada concluíram! Ninguém sabia de onde vinha tão estranho barulho. E todos estes homens da ciência que não acreditam em nada do paranormal, começavam a acreditar que naquela casa havia uma alma do outro mundo.
         Perante tais sabedoras conclusões, os donos da moradia resolveram, por fim, contratar um bruxo para lhes resolver o problema. E assim foi.
         O bruxo foi lá a casa e mal entrou, começou a sentir as forças do outro mundo. E de imediato diz:
         - Nesta casa mora uma alma do outro mundo e vem cá, porque tem fome e precisa de comer!
         Rapidamente o bruxo procedeu às suas rezinhas, juntamente com os seus rituais exorcistas para enviar a alma penada para outro lado. Espalhou uns esbranquiçados pozinhos pela casa e aconselhou a família a deixar um prato de comida em cima da mesa para que a alma do outro mundo matasse a fome. E garantiu-lhes que no prazo de um mês a casa ficaria em sossego para sempre, livre de qualquer espírito.
         Perante tais evidentes conclusões, a família da Márcia dispôs-se então a permanecer lá mais algum tempo. E cumpriam religiosa e escrupulosamente tudo o que o bruxo lhes dissera.
         Mas todos os dias o mesmo barulho:
         - Toc…toc, toc… toc.
         Até que passou um mês e ansiosa a família da Márcia esperava ter enfim o sossego que merecia.
         Mas…
         Afinal nada mudou naquela casa. Só pratos de comida que ninguém comeu e:
         - Toc… toc, toc… toc.
         Enquanto a Márcia contava estas histórias, o Sandro perguntou:
         -E se nós fôssemos a tua casa ver o que se passa?
         - Não! – respondeu de imediato a Diana toda assustada.
         E como já sabem foi discussão, da boa, entre todos, uns a favor, outros contra, uns cheios de bazófia, outros a roer as unhas de medo.
         Mas chegaram a um veredicto:
         - Vamos à casa da Márcia tirar a alma penada de lá – informou a Cristina.
         Aprazaram o dia e organizaram ao pormenor a visita, como se de uma verdadeira expedição ao outro mundo se tratasse.
         E no dia combinado lá estavam eles preparados para a grande aventura. E seguiram até à casa da sua colega Márcia.
         Quando chegaram à morada da Márcia, a Emília tremia que nem uma vara verde, inundada de medo. E o João já não queria continuar aquela aventura.
         - Eu fico cá fora a vigiar – dizia ele.
         Mas não. Ninguém podia ficar à porta da habitação. Todos tinham de entrar, como ficou decidido.
         A Márcia abriu calmamente a porta e todos, cheios de medo, entraram.
         Percorreram o edifício todo e nada de estranho aconteceu. Até que de repente se ouve:
         - Toc… toc, toc… toc.
         Foi uma gritaria geral! O Rui desata a fugir e tranca-se numa casa de banho. O Leonel atira-se, literalmente, para debaixo de uma mesa e fica lá a tremer. E a outra Márcia, desorientada, amarra-se à Cristina e ficam ali as duas, imóveis.
         E o Sílvio? Onde estava o Sílvio?
         O Sílvio estava especado no meio da sala a olhar para o relógio de cuco, sem se ter apercebido de nada.
         Instantaneamente todos se recompuseram e o Rui saiu da casa de banho. Beberam um copo de água e conversavam agora sobre o que afinal havia na casa da Márcia. Ninguém estava de acordo com ninguém, obviamente! E até já falavam de outras coisas.
         E o Sílvio continuava a admirar o relógio de cuco.
         - Sabem – diz ele – o meu avô também tem um relógio destes. Podemos ficar aqui mais um pouco para ver o cuco a dar horas?
         - Ok! – responderam todos.
         - Nós também queremos ver o cuco – concluíram.
         O assunto dos barulhos estranhos já estava ultrapassado, esquecido. Era algo que não podiam resolver. E agora só faziam tempo para verem o cuco dar horas.
         Conversa puxa conversa e lá estava o 5º C todo animado na casa da Márcia.
         Cerca de uma hora depois e enquanto conversavam distraída e alegremente, ouve-se inesperadamente:
         - Toc… toc, toc… toc.
         Instantaneamente ficaram todos mudos e petrificados no meio da sala.
         E mais uma vez o Sílvio, que não se apercebera de nada, interrompe o gélido silêncio:
         - Já são quatro horas e o cuco não saiu.
         - Pois não – disse a Márcia da casa – nem vai sair, porque o cuco está avariado. Só dá para ver as horas – concluiu.
         O Sílvio, como se achava um entendido em relógios de cuco, pegou numa cadeira e pôs-se junto do dito, para ver o que se passava com o cuco.
         O tempo foi passando e já eram quase cinco da tarde, quando o Sílvio terminou a sua perita análise dizendo que devia haver algum problema com as portinhas do relógio por onde devia sair o cuco. Deviam estar encravadas.
         E chegaram as cinco da tarde!
         E novamente uma gritaria infernal, por causa do já famoso:
         - Toc… toc, toc…toc.
         E no meio daquele histerismo todo, remata o Sílvio, abstraído de tudo à sua volta:
         - Afinal o barulho que se ouve é do cuco a querer sair do relógio.
         E todos ficaram pasmados, olhando para o Sílvio, com a sua brilhante conclusão.
        Afinal na casa da Márcia não havia nenhuma alma do outro mundo, apenas a alma penada de um cuco que dentro do seu relógio batia com o bico na porta de madeira, de hora a hora:
         - Toc… toc, toc… toc.
         E assim se desvendou o mistério dos estranhos barulhos que possuíam a casa da Márcia.


David Carpinteiro e alunos do 5º C da Escola E.B. 2/3 de Amares - Ano Lectivo 2009/2010

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A minha Televisão

A minha televisão
Televisão de mil canais
Canais que nunca são demais
Demais diz a minha avó
Avó que só fazia pão-de-ló
Pão-de-ló que comia
Comia enquanto via
Via Astérix e companhia
Companhia que não me deixava só
Só a comer o pão-de-ló
Pão-de-ló que acabava
Acabava e eu só chorava
Chorava com as séries da TV
TV com romance
Romance com Ladrões
Ladrões e o Super-homem
Super-homem para lhes dar uns bofetões
Bofetões que me faziam rir
Rir sem parar
Parar até a minha avó mandar
Mandar desligar
Desligar a televisão.

Emília Fins e Mariana Veloso – 6º C – Escola EB 2/3 de Amares – 2010/2011

O Meu Mundo

O meu mundo
Mundo de amor
Amor sem guerra e sem dor
Dor de desejo
Desejo da amizade
Amizade dos meus amigos
Amigos por quem tenho saudade
Saudade de quem ama
Ama o planeta
Planeta brilhante
Brilhante de paixão
Paixão que se sente no coração
Coração do meu mundo
Mundo de amor

Emília Fins e Mariana Veloso – 6º C – Escola EB 2/3 de Amares – 2010/2011 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O nosso país

O nosso país!
Do Minho ao Algarve.
Com esta crise toda,
O azeite já sabe a vinagre.

Madeira e açores
Querem a independência,
Só faltava mais esta
Para nos dar cabo da paciência.

Com a falta de assistência,
Anda tudo à nora,
Com as ambulâncias atrasadas,
O que fazemos agora?

Políticos engravatados
 Não sabem o que estão a fazer,
Só sabem gastar dinheiro
Que nos faz falta para comer.


                                                             
Inês Costeira Ribeiro - 6 ºF – Escola EB 2/3 de Amares – 2010/2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O meu mundo ao contrário

De manhã
Quando acordei
 Saí da cama
 E o tecto pisei.

Olhei para o armário
E o pijama vesti.
Olhei para o espelho
E o meu reflexo não vi.

O pequeno-almoço
Era o jantar.
Quando dei por mim
O mundo estava de pernas para o ar!


Inês Costeira Ribeiro - 6 ºF – Escola EB 2/3 de Amares – 2010/2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Inverno

No Inverno tenho frio
Frio que me faz enregelar
Enregelar as águas dos lagos
Lagos para patinar
Patinar com patins de gelo
Gelo que arrepia a alma
Alma no nosso interior
Interior como a terra onde vivo
Vivo como o vermelho das rosas
Rosas a florir no jardim
Jardim colorido com flores
Flores que te alegram o coração
Coração que bate quando te vejo
Vejo nuvens de várias formas
Formas que me inspiram 
Inspiram sempre bem-estar.

Leonor Silva - 6º C - Escola EB 2/3 de Amares – 2010/2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

No jardim

No meu jardim estava eu a estudar
Estudar e o vento a soprar
Soprar, soprar…
Soprar como ninguém o podia parar
Parar só os cientistas
Cientistas esses que não param de investigar
Investigar coisas maravilhosas
Maravilhosas e belas
Belas como as flores
Flores que brotam no Verão
Verão, é só sol
Sol que queima
Queima como o fogo
Fogo que arde.

Diana Pereira e Mariana Veloso - 6ºC - Escola EB 2/3 de Amares - 2010/2011         

Os Livros

Eu gosto dos livros
Livros com capas engraçadas
Engraçadas como aventuras
Aventuras com emoção
Emoção que me faz sonhar
Sonhar com princesas e castelos
Castelos e dragões
Dragões a voar
Voar com as estrelas
Estrelas brilhantes
Brilhantes como o sol
Sol amarelo e quente
Quente como o fogo
Fogo do meu coração
Coração vermelho de paixão
Paixão que sinto por ele
Ele é o meu livro
Livro que procuro ler
Ler a história encantada

Ana Ferreira e Emília Fins, 6ºC, Escola EB 2/3 de Amares - 2010/2011