terça-feira, 24 de maio de 2011

NA MINHA RUA

Na minha rua gosto de brincar
Às vezes apetece chorar
Porque não tenho companhia para brincar
Choro choro sem parar
Até que às vezes apetece gozar
Gozar com emoção
Parece um coração
Coração de paixão
Paixão pela pintora
Pintora de decorar
Com flores e beijinhos
Que adoro olhar
Olhar sem parar
Com o vento a soprar
Sopro…sopro…e sopra
Adoro soprar e soprar
E não parar.


Ana Ferreira, 6ºC, Escola EB 2/3 de Amares - 2010/2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pedro e o seu acidente

           Pedro antes de ter o seu acidente era um miúdo livre como as outras crianças do mundo inteiro.
           Um dia quando ia atravessar a estrada um homem já bêbado atropelou-o e ele ficou inconsciente no chão.
           Quando ele chegou ao hospital reparou que não conseguia sentir as pernas, nem as conseguia mexer. O Pedro ao saber de tão cruel realidade ficou desanimado e não conseguia “ver a realidade”.
           Algum tempo depois, quando começou a fazer fisioterapia não tinha vontade de nada, nem a fazia com empenho. Contudo os pais e a irmã tentavam animá-lo de todas as formas, mas não conseguiam. Até o fisioterapeuta o tentava animar, mas não havia meio de o conseguir.
           Certo dia a sua irmã entrou no seu quarto para dar um desenho ao Pedro, mas ele não deu por ela entrar. Chamou-o e disse-lhe:
           - Pedro! Pedro, estás a dormir?
           - Não Clarinha.
           - A mãe disse-me que vais hoje para casa. É verdade Pedro?
           - Sim Clarinha.
           Quando chegou a casa, Pedro reparou num espelho que estava no hall de entrada de sua casa. Parou um pouco e ao ver a sua figura ficou muito perturbado e partiu o espelho com um vaso de margaridas que lá estava.
           Passado algum tempo, numa noite de verão, Pedro estava à janela do seu quarto e viu uma estrela cadente a passar e pediu um desejo: voltar a andar como dantes.
           No dia seguinte o médico do hospital telefonou e informou-o que deveria comparecer no hospital por volta das duas da tarde para ser operado, pois tinha descoberto uma fórmula que o poderia restituir o seu andar. No entanto havia um senão:
           - Você terá que pagar mil e quinhentos euros pela operação.
           Pedro e a família ficaram contentes, mas também muito apreensivos e desanimados, porque:
           - Mas eu não tenho esse dinheiro todo, porque sou pobre.
           - Não faz mal você paga-nos em prestações.
           Confusos e sem saberem muito bem o que fazer, eis que alguém toca à campainha da casa do Pedro. Era o homem que o tinha atropelado e queria falar com ele. A mãe do Pedro mandou-o entrar e chamou o Pedro.
           O homem disse que se chamava Zé e que a sua mulher tinha falecido e com a angústia perdeu a cabeça por causa de ser a coisa mais importante do mundo para ele.
O Pedro ao saber disso percebeu que ele não podia desistir e que devia lutar contra tudo o que se passasse depois da operação.
           Quando a mãe do Pedro lhe contou que o se filho ia ser operado o homem ofereceu-se para lhe pagar a operação. Inicialmente Pedro disse que não, mas o homem não aceitou o não e passou-lhe um cheque no valor da operação.
           O homem foi embora e a mãe do Pedro preparou-lhe o saco. Quando acabou foram para o hospital para o Pedro ser operado. A operação demorou cerca de seis horas. Quando o Pedro acordou da operação sentiu muitas dores, mas passado uma semana as dores desapareceram e começou logo a fazer fisioterapia.
           Um ano depois, ele já andava bem e começou a fazer a sua vida normal sem problemas. O homem que o atropelara e pagara a operação tornou-se amigo dos pais dele e do Pedro. E agora era uma visita frequente de sua casa e ajudava o Pedro em tudo o que ele precisava.

 
Ana Ferreira, 6ºC, Escola EB 2/3 de Amares - 2010/2011