quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Situação Inesperada

        Finalmente tinha chegado o dia mais desejado de todos os alunos do 6ºC da E.B. 2/3 de Amares, o dia em que começava uma inesquecível visita de estudo às Berlengas, com o professor David e a professora Clara. Estavam agrupados nas escadas da escola à espera do autocarro, que de repente surgiu ao virar de uma curva, da estrada junto à escola.
        - Que fixe - disseram os alunos ao mesmo tempo.
Puseram-se, de imediato, em fila para entrar no autocarro e logo começou a viagem. Foi uma viagem longa mas agradável.
        Chegados a Peniche, alunos e professores saíram do autocarro e perfilaram-se para entrar no barco, que já os aguardava.
        No barco, a Márcia Catarina e a Cristina não largavam as suas máquinas que a cada instante disparavam mais uma fotografia. Do lado oposto, a Ana, a Márcia Alexandra e a Leonor já estavam enjoadas. Mas a viagem foi curta e, finalmente, chegaram à pequena ilha.
        - Pessoal, chegamos! - disse a Diana que ia à frente e conseguia ver tudo.
        Quando chegaram ao cais, saíram do barco e foram para a camioneta que os levaria ao forte. Já no forte, as raparigas foram logo para os seus quartos e os rapazes seguiram-nas, instalando-se nos seus aposentos. Os quartos eram antigas camaratas dos soldados, agora adaptadas às necessidades dos novos ocupantes. Quando acabaram de arrumar as suas coisas, a Paula e o André foram perguntar ao professor e à professora se podiam ir para a praia.
        - Sim - disse a professora Clara. - Mas quero que apanhem as conchas que lá encontrarem.
        - Todas? – perguntou o André.
        - Claro que não! - respondeu o professor.
        Prontamente, cada um foi ao seu quarto avisar os amigos. Vestiram os fatos de banho e foram para a praia.
        Quando andavam, alegremente, a apanhar conchas do mar algo inesperado aconteceu.
        - Vem aí uma tempestade - disse o Alexandrino, que era o mais alto da turma e, por isso, conseguia ver tudo bem.
        - Escondam-se debaixo das mesas – disse o Borges.
        - Aqui não há mesas! - disse a Catarina.
        - Vamos para o forte – exclamou o Roberto.
        E lá foram todos a correr para o forte.
        - O que é que foi aquilo? – perguntou a Mariana.
        - Uma tempestade – respondeu a Emília.
        - Uma tempestade num dia de sol a escaldar! – retorquiu o Bruno espantado.
        - É muito esquisito! – murmurou o Marco.
        - Temos de investigar! – disse o João enrolando o seu cabelo.
        - Podem investigar, mas primeiro têm de tomar banho - avisou o professor.
        Depois de um banho quentinho estiveram a conversar:
        - E se procurássemos no noticiário da televisão – propôs o Leonel.
        - Que ideia maravilhosa! – exclamou o Ricardo.
        - Aleluia! O Ricardo disse alguma coisa certa – gritaram o Miguel, a Rafaela e o José Paulo.
        Dividiu-se a turma em dois grupos de 13 pessoas. Uns procuravam nos jornais e outros iam ver o que dizia a televisão.
        - Sandro! Pára quieto! – exclamaram as raparigas todas em coro.
        - Eu paro – disse ele.
No outro grupo em vez de verem as notícias andavam a falar de velhas histórias.
        - Adorei quando fomos à casa da Márcia por causa do toc…toc… - disse o Sílvio.
        - Vamos mas é trabalhar! – propôs o Rui.
        - Está bem! – concordaram todos.
E, de volta ao primeiro grupo, a conversa já era outra:
        - Encontrei! – afirmou a Márcia.
        - O quê? – perguntou a Leonor – O que é que encontraste?
        - No jornal vem tudo sobre a tempestade – respondeu a Márcia.
        - Deixa ver – pediu a Emília. E começou a ler: “…cientistas de Nova Iorque fizeram uma tentativa para acabar com a tempestade em Forks, mas sem querer enviaram-na para Portugal…vai demorar pelo menos uma semana a voltar o bom tempo…”
        - Que seca, vamos estar aqui uma semana sem sol! – lamentou-se a Ana.
        - Acho que vamos ter de ir para casa – previu a Diana.
        - Eu vou telefonar ao André para pararem de pesquisar – acrescentou o Sandro.
Desanimados, juntaram-se todos no forte e começaram a arrumar as malas para se irem embora, pois não podiam continuar ali com aquele tempo.
        Agora era tempo de fazer a viagem em sentido contrário e regressarem sãos e salvos a suas casas. E na despedida, lamentavam-se de terem ficado com as férias arruinadas.

Emília Fins – 6º C, E.B. 2/3 de Amares – 2010/2011

Sem comentários:

Enviar um comentário