segunda-feira, 28 de maio de 2012

O monstro que salvou a terra


Certo dia, num local desabitado caiu um meteorito cujo comprimento era cerca de dois metros de diâmetro. Aquele pedregulho enorme foi analisado, estudado, combinado, feitos os procedimentos habituais não detetaram nada de especial, era apenas um meteorito. O João era um arqueólogo muito novo, que se encarregou de o estudar. Ele reparou que havia algo estranho, parecia que dentro da pedra insignificante algo que se mexia, algo tinha vida.
O João decidiu ir falar com o seu chefe e pôr em evidência a sua teoria:
- Bom dia, eu sou o João que está encarregado de estudar o meteorito que caiu do espaço há três semanas.
- Então descobriu alguma coisa interessante? - perguntou-lhe o chefe com ar de troça.
- Sim, acho que sim. Tenho a sensação que algo se passa lá dentro, algo tem vida, parece mesmo real.
- O quê? Tu és passado ou quê? - riu-se virando a cara para disfarçar. João não ligou, penso no que ganharia se descobrisse algo muito importante. Iria certamente ficar famoso.
- Queria apenas a autorização para ver o que lá tem dentro.
- Ó rapaz, aquilo é teu, faz dela o que tu quiseres. Olha, olha lá, leva-a para tua casa se conseguires – voltando costas a rir. O pobre João não desistiu apesar da troça do seu chefe.
No dia seguinte, João levou o meteorito para sua casa e logo começou a tentar abri-lo, não foi muito difícil, mal lhe tocou com o martelo abriu-se. Lá dentro estava um ovo, era lindo, porém bastante esquisito. O João perguntou:
- Está ai alguém? Não acredito! Eu estava certo! É desta vez que eu vou calar a boca do meu chefe. Agora quem se vai rir sou eu.
Lá de dentro diz uma voz muito grave:
- Ei! Rapazola nada disso. Eu estou aqui para alertar o vosso planeta.
João foi ajudá-lo a sair e ficou admirado com o que viu, era um pequeno dragão verde e com os olhos castanhos.
- Mas, mas o que és tu? – perguntou o rapaz.
- Não vez. És cego?! Daaáaá. Não vez que eu sou um dragão.
João estava confuso! Pensava que estava a sonhar ou tinha adormecido.
O dragão olhou-o nos olhos e disse-lhe: 
- Eu sou um dragão inofensivo e sábio, fui o escolhido para esta missão importantíssima.
- Então qual é a tua missão afinal?
- O meu chefe Pilópedes observou que em cada dia que passa a terra escurece, ou seja, fica mais escura. Achamos que isto se deve ao facto da poluição atmosférica, da exploração exagerada dos recursos naturais, entre outros.
Então qual é a sugestão que propões?
 - Talvez campanhas de informação e multas para quem deitar lixo para chão.
- Ei! Já sei! Palestras informativas para os mais pequenos, sobre os benefícios da reciclagem e, também, sobre a utilização das energias renováveis. Tu, João, tens que entregar este dossiê ao ministro do ambiente. Aqui estão várias soluções para este problema. Tenho a certeza que ele adotará algumas medidas.
- Está bem! Eu vou ajudar a terra, mas tu vens comigo, não vens?
- Mas é claro que não! Ninguém pode saber que eu existo. É um segredo que fica entre nós. E já agora, posso ficar a viver em tua casa? É que não tenho como voltar!
- Sim, acho que sim.
- Eu posso ajudar-te nos teus trabalhos de arqueologia. Eu sou muito inteligente.
No dia seguinte João foi ter com o ministro do ambiente e ele adorou aquelas medidas.
Raposél era o nome do dragão, que ficou muito bem alojado na casa de João. Também aprendeu a ler português e ninguém descobriu que ele existia        

Emanuel Barros, nº 11, 5º G - EB 2/3 de Amares - 2011/2012

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