segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um sonho de Criança

       
A Violeta era uma menina, filha única. A mãe mandava-lhe fazer alguma coisa, e ela só resmungava. Era preguiçosa, bonita, gabarola e muito sonhadora. No fim das aulas, em vez de fazer os trabalhos que lhe mandavam da escola, ia dormir para o sofá e sonhar. Os sonhos eram sempre de princesas!
Não sei se foi por ser o último dia de Inverno, mas… parece que a magia caiu sobre a Violeta! À noite a Violeta esqueceu-se de pôr o despertador para as sete horas da manhã, para às sete e meia tomar o pequeno-almoço e às sete e quarenta e cinco minutos ir para a paragem apanhar o autocarro Depois, à noite ficou a ver televisão até às vinte e três horas e quinze minutos. No dia seguinte, de manhã, com tanto sono e cansaço, de ter ficado até às tantas acordada, não conseguiu acordar e ficou a dormir na cama. Também a mãe da Violeta não teve possibilidade de a acordar, porque a patroa estava doente e teve que ir trabalhar todo o dia. Saiu de casa muito cedo, antes de ser dia.
No sonho dela tinha ganhado o concurso de beleza! Tinham que ir vestidos como uma personagem de qualquer livro. Como o único livro que ela conhecia era “A menina do mar”, a personagem que ela escolheu foi essa. Foi pintar o cabelo de verde, vestir um vestido, idêntico ao que está desenhado no livro, e colocar as lindas jóias de conchas. Como a acharam magnífica propuseram-lhe que entrasse no concurso das princesas magníficas e claro que ela não recusou. Estava tão contente, mas tão contente, que foi ao microfone dizer que era a melhor, que até os júris se arrependeram de lhe terem feito a proposta.
A Violeta foi levada para o concurso numa carroça, transportada por dois póneis reais! Lá na escola, conforme o nome, davam uma alcunha, a Violeta era a Borboleta, a Ana era a Mana, a Andreia era a Sereia, a Maria era a Mia, a Esperança era a Criança, a Beatriz era a Feliz, a Telerina era a Fina e a Floribela era a Bela. A Ana, a Andreia e a Maria eram companheiras de quarto da Violeta. Todas elas (menos a Violeta) eram espertas. A Ana era muito responsável, bonita, alegre, brincalhona e bastante sensível; a Andreia era responsável, muito brincalhona, muito bonita, bastante alegre e muitíssimo divertida; a Maria era bonita, responsável, brincalhona, divertida e alegre.
Quando o concurso começou, a Borboleta detestou que ela começasse a lamentar-se, porque ela detestava a escola. Mas como ouviu a professora a dizer que as quatro melhores a tudo seriam premiadas, logo a sua atitude mudou. A primeira era a princesa do castelo, que ia participar no concurso de rainhas; a segunda era a dama principal da escola; a terceira era a dama da escola; a quarta era a diretora dos alunos. A Violeta refletiu durante cinco minutos, que mais lhe pareceram uma hora, e decidiu que iria tornar-se melhor e estudiosa. De repente… ouviu a Floribela e o grupinho dela que ficam ao lado do quarto da Violeta, a fazer um plano para tramá-las, a ela, à Mana, à Sereia, à Mia e à professora, que era “uma seca”! A Violeta, como já tinha decidido, que iria tornar-se melhor e estudiosa, definiu um plano sozinha. O plano era o seguinte: primeiro, a Floribela e o grupo dela tramavam a professora, entretanto a Violeta e as amiguinhas seguiam o plano da Violeta e havia a vingança! E assim foi. Ela foi contar às amigas e contou-lhes o plano, mas implorou para que não contassem à professora. No dia seguinte começaram as aulas, e todas as aulas demoram noventa minutos. Começou por cozinhar, praticamente toda a gente começou a gozar com a Borboleta, porque ela não era muito ajeitada, mas esforçava-se muito, pois não quis aprender dantes, como se diz: “De pequenino se torce o pepino”, agora ouvia os gozos. A professora defendeu-a, porque reparou que se estava a esforçar bastante. A segunda aula do dia era português, a primeira coisa que deram foram as palavras elegantes que as princesas devem usar, a Borboleta sabia muitas. No teste de diagnóstico tirou excelente, aí toda a gente fechou a boca, porque ninguém a não ser a Borboleta e a Sereia tirou excelente. A Bela ficou tão enervada que levou o plano dela para a frente. A partir daí, um passo que desse haveria um obstáculo! Mas o problema é que a Bela pensou alto de mais, e é claro que a professora de português ficou com bastante curiosidade, também, é óbvio. A Bela foi inventar, arranjou uma desculpa qualquer, disse que se tirasse outro satisfaz ia criar obstáculos para ela própria, pois não sabia mentir, mas a professora deixou estar para ver no que ia dar. Como a Sereia tinha reparado que a professora tinha dado conta de que algo se passava, foi contar à professora sem dizer às amigas que agora eram um grupo. Também contou o plano da Borboleta, a professora achou que a Borboleta tem bastantes capacidades para ser a melhor e a Sereia também concordou. Mal saiu da sala de aula foi logo contar ao grupo que tinha dito tudo à professora, porque a senhora professora já tinha descoberto tudo. Como a professora já se tinha apercebido elas acharam bem.
Passados vários dias de aulas, a Borboleta e o grupinho dela começou a evoluir, e a Bela e as suas amigas, só a pensar na vingança, começaram a baixar muito as notas.
A Feliz mais a Bela e o seu grupo prenderam-nas num barracão e a Mana entrou em pânico, mas a Borboleta, a Mia e a Sereia encontraram umas pistas para abrir o portão e foram rapidamente salvar a professora. Como recompensa, a professora elegeu o primeiro lugar para a Borboleta, o segundo lugar para a Sereia, o terceiro lugar para a Mia e o quarto lugar para a Mana, portanto a Borboleta conseguiu o que queria. E a Bela, a Feliz, a Fina e a Criança foram presas e o plano da Borboleta foi completado e fizeram uma grande festa.
A Violeta concluiu que mais vale estudarmos para conseguimos alcançar os nossos objectivos e pensar duas vezes antes de agir a fim de não as magoarmos as outras pessoas.

Andreia Barroso, nº 4, 5º G - EB 2/3 de Amares - 2011/2012

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